Programação
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HIV/AIDS e Zero Discriminação
1ª edição
Apresentação
O curso de HIV/AIDS e Zero Discriminação tem como objetivo discutir o HIV/AIDS em uma perspectiva inclusiva, humanizada, interseccional e não discriminatória. É preciso promover a alteridade, a despeito das diferenças das pessoas a partir da origem geográfica, do quesito raça/cor, da etnia, do sexo, da identidade de gênero, da orientação sexual, da sorologia para o HIV, da religião, da deficiência e tantos outros motivos de discriminação.
A proposta é uma iniciativa do grupo de pesquisa Saúde, Ambiente e Desenvolvimento (SAD) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e que congrega pesquisadoras(es) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). Conta com o apoio do UNAIDS, programa das Nações Unidas para criar soluções e ajudar nações no enfrentamento à AIDS.
O processo de ensino e aprendizagem foi concebido para um percurso autônomo, ajustado de acordo com as demandas e carga horária de estudos de cada cursista. Os conteúdos estão contemplados em três módulos, com curadoria e seleção de materiais obrigatórios e de apoio.
O primeiro módulo, com quatro aulas, abordará o HIV/AIDS na perspectiva dos determinantes sociais da saúde, das vulnerabilidades e interseccionalidades. O segundo módulo, com três aulas, tratará das origens e respostas da epidemia. Por fim, o terceiro e último módulo, com três aulas, contemplará o acolhimento, o aconselhamento e a Prevenção Combinada ao HIV/AIDS.
Ao final de cada módulo haverá uma avaliação sobre os principais conceitos apresentados. A carga horária total prevista é de 30 horas, com certificação ao final do cumprimento de todos os módulos. O curso está disponível na Plataforma Lumina da UFRGS, uma das maiores plataformas de cursos abertos, gratuitos e com certificação do país.
Esperamos que seja mais uma iniciativa das universidades e institutos federais que se some aos governos, a sociedade civil e as organizações não-governamentais no enfrentamento ao HIV/AIDS e na promoção de um Sistema Único de Saúde (SUS) alinhado à diversidade e à justiça social.
Uma excelente oportunidade de estudos e que os conhecimentos subsidiem autoconhecimento e possam apoiar práticas cotidianas!
Introdução
Historicamente o vírus da imunodeficiência humana, o HIV, e a doença crônica por ele causada, a AIDS, que afeta o sistema imunológico, são alvos de desconhecimento, tabus, distorções, estigmas e discriminação. Nesse módulo serão abordados os conceitos de determinantes sociais de saúde, vulnerabilidade, interseccionalidade, discriminação e a relevância dos Direitos Humanos e da Zero Discriminação.
Atenção! Este curso não possui tutoria, nem professor.Atenção: este é um curso de curta duração. Inscrever-se neste curso não significa que o cursista passe a estar ligado a qualquer curso de graduação ou pós graduação da UFRGS, tampouco usufruir de direitos de alunos regularmente matriculados na UFRGS. Os alunos da UFRGS devem consultar os professores para saber se este curso dá direito a créditos complementares ou se ele faz parte de atividades de ensino, pesquisa e/ou extensão.
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Complete as atividades abaixo para iniciar o curso.
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...preencha o Perfil do Estudante! (parte 1) Pesquisa
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...preencha o Perfil do Estudante! (parte 2) Pesquisa
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Pesquisa Inicial
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Para compreendermos a importância da Prevenção Combinada do HIV, é necessário que tenhamos a reflexão de que a posição que cada indivíduo ocupa na sociedade influencia na determinação de seu processo saúde-doença. Essa posição compreende os fatores sociais, econômicos, geográficos, culturais, étnico-raciais, fenotípicos, de gênero, psicológicos e comportamentais aos quais ele está exposto. Estudaremos neste primeiro módulo alguns conceitos para que possamos desenvolver essa reflexão e aplicá-la na perspectiva da Zero Discriminação e no alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
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Em 1982, com o diagnóstico do primeiro caso de HIV/AIDS no Brasil, persistia uma condição permeada por estigmas e preconceito: a doença era atribuída a homossexuais e profissionais do sexo, vinculada à "promiscuidade". As informações que circulavam até então e que vinham dos Estados Unidos, associavam o HIV ao grupo dos “4 H”, considerados os "grupos de risco": homossexuais, hemofílicos, viciados em heroína e haitianos. Estes foram alguns dos estigmas que dificultaram e dificultam a compreensão da disseminação da epidemia.
Desde então, o Brasil e o mundo passaram por mudanças. Atualmente, a pessoa vivendo com HIV tem acesso ao acompanhamento e ao tratamento farmacológico, que tornam a sua qualidade de vida similar de um indivíduo não portador(a) do vírus. Ao mesmo tempo, deixou de fazer sentido a abordagem a partir dos “grupos de risco”, compreendendo que o melhor conceito é o da vulnerabilidade ao HIV, associada a diversos fatores.
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A iniciativa Zero Discriminação está articulada com a promoção dos Direitos Humanos, com vistas a promover a qualidade de vida e a justiça social. Um bom acolhimento nos serviços de saúde, com um atendimento humanizado, sem estigma e preconceito é a condição ideal desejada e que deve acontecer para todas as pessoas, a despeito de sua raça/cor, etnia, identidade de gênero, orientação sexual, origem geográfica, religião, deficiência e sorologia para o HIV. Além disso o conhecimento sobre a Prevenção Combinada é estratégia indispensável no enfrentamento da epidemia.
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Em uma sociedade na qual sobre o tema do HIV/AIDS ainda prevalecem os estigmas, os preconceitos e as discriminações, sobretudo, àqueles e àquelas que não seguem os padrões hegemônicos de raça, etnia, gênero, expressão de gênero, religião, origem geográfica, sexualidade e classe social, torna-se urgente reconhecer as diferenças das pessoas e respeitar os direitos humanos.
A seguir, segue uma lista de organizações da sociedade civil, grupos de apoio e repositório na temática de HIV/AIDS a fim da continuidade da construção de práticas de promoção da qualidade de vida, da justiça social e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
- [ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL] Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA);
- [ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL] ECOS – Comunicação em Sexualidade;
- [GRUPO DE APOIO] GIV - Grupo de Incentivo à Vida;
- [REDE NACIONAL] Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/aids;
- [REDE NACIONAL] RNAJVHA - Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/aids;
- [MOVIMENTO NACIONAL] Movimento Nacional de Cidadãs Posithivas;
- [DEPARTAMENTO] Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis - Ministério da Saúde;
- Outros materiais sobre o assunto: Repositório da UNAIDS.